quarta-feira, 16 de março de 2011

NO CORREDOR DA MORTE

Por: Herberth Lago Castelo Branco
Não há um só dia em que a população de Chapadinha deixe de ouvir denúncias sobre a penúria da saúde pública de Chapadinha. Infelizmente, a sombra da morte ronda o ambiente onde deve prevalecer a vida. A demora no socorro, carência de materiais e equipamentos são alguns dos dramas diários enfrentados pela população Chapadinhense que está vivendo um drama que se estende das salas de esperas das emergências até o seu atendimento. A morte do recém-nascido Renan Abreu, que foi dado como morto por médico do HCC e depois retornado ao mesmo hospital porque seus pais viram que o garoto ainda estava com vida é a última evidência do atestado de óbito da saúde pública de nossa cidade.
A falta de estrutura descamba para o desespero e até para casos de agressões, como já foi noticiado. Desassistida, a população padece com a crônica falta de atendimento adequado. Com gestão inoperante, a saúde pública de Chapadinha caiu a níveis jamais visto. Depois do flagelo da morte de Renan e diante desse cenário de caos e esculhambação, a prefeita Danúbia Carneiro ainda tem a cara de pau de anunciar do alto do palco de carnaval na praça do povo que irá trazer duas grandes bandas de forró: AVIÕES DO FORRÓ e GAROTA SAFADA para o festival de férias a ser realizado nos dias 23 e 24 de julho.
A situação se torna mais perversa porque os condutores de políticas públicas, eleitos pelo voto, não dependem dos serviços que por lei deveriam zelar. A elite política de Chapadinha vai aos hospitais particulares em São Luis ou Teresina.
A falta de gestão na saúde pública de Chapadinha atingiu tal gravidade que nada mais resta a não ser uma intervenção ou interdição por parte do Ministério Público de Chapadinha.
Qualquer discussão nesse setor precisa resvalar para atitudes rápidas, concretas e coerentes, com um modelo que resolva uma situação emergencial de abandono e devolva à população de Chapadinha o direito de ser, ao menos, atendida. Não há dúvida de que a situação de calamidade em que se encontra a saúde pública de nossa cidade seja produto de uma gestão corrupta e fracassada. O mínimo que qualquer um que pretenda assumir o governo precisa fazer é administrar e bem um patrimônio caríssimo para o futuro de Chapadinha: a saúde de sua população. O que tem faltado é vontade política.

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