domingo, 27 de março de 2011

51 anos de Renato Russo

Renato Manfredini Jr. nasceu às 4h do dia 27 de março de 1960, na Clínica Santa Lúcia, no bairro do Humaitá, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Renato Russo, o cantor e compositor que nos arrebata a alma e nos leva, sempre, à reflexão fecunda, celebraria 51 anos de vida neste domingo.


Na verdade, creio que este verbo acima empregado no futuro do pretérito não tem razão de ser. Na verdade, Renato Russo celebra seus 51 anos de vida e nós com ele, pois ele vivo está nas mentes e corações dos seus familiares, amigos e milhões de fãs de norte a sul deste país e fora dele. Já escreveu o poeta que não morremos, ficamos encantados; como cristão não creio na morte, creio na vida, nesta e além desta, pois "aquele que crê em mim passou da morte para a vida", disse Jesus. Ele também disse que aquele que Nele crê, ainda que morra, viverá.

Sinto-me muito à vontade para aplicar a fé cristã na permanência da vida, mesmo quando não há mais corpo físico, tratando-se de Renato Russo, pois ele, inúmeras vezes, declarou-se cristão. Mesmo se ele não fosse um cristão, estenderia a ele a minha fé na permanência na vida porque poetas não morrem; na verdade, nenhum ser humano morre, enquanto vive na lembrança dos que amam. Celebremos, pois, a vida de Renato Russo e seu meio século de existência!

Lembro-me a primeira vez que ouvi a voz inconfundível do Renato e sua poesia. Foi em 1985, eu tinha quatorze anos de idade, estava morando na cidade de São Luis: "Será só imaginação? Será que nada vai acontecer? Será que é tudo isso em vão? Será que vamos conseguir vencer?" Um ano depois, em 1986, veio "Eduardo e Mônica", "Daniel na cova dos leões" (título recolhido de um conhecido texto bíblico do Antigo Testamento), "Que país é este?", "Química", em 1987.

Lembro-me de ter dito com veemência: uma vez na igreja haviam alguns diretores daquela instituição, e eu dizia que não vejo absolutamente nada de demônio nas músicas do Renato Russo, ao contrário, citei "Daniel na cova dos leões" para "provar" que Renato Russo também lia a Bíblia, pois onde mais ele conheceria tal história? Um ano depois, minha "tese" estaria provada com "Monte Castelo", música que ainda hoje é cantada nos quatro cantos deste país por "meninos e meninas" e que traz novo sabor ao capítulo 13 da Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios, texto do Novo Testamento.

O álbum "As Quatro Estações" (1989), que me fez conhecer e cantar "Monte Castelo", também me trouxe "Meninos e Meninas", Renato Russo, sem me conhecer, como a tantos outros como nós, me fez saber: eu não estava só, outros sentiam o que eu sentia, outros eram como eu e tinham a coragem, como ele, de dizer isso abertamente, sem medo de ser feliz, Renato me deu voz.

Desde que eu entendi as letras do Renato, passei a defendê-lo quando escutava alguém chamar o Legião Urbana de "demoníaco". Dizia: como pode ser demoníaca uma música que fala do amor? Tem mais "evangelho" do que a frase: "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã?" Não, não tem.

Renato sempre falava de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo em suas entrevistas. Numa delas, ele declarou: "o importante é olhar para Jesus". Numa outra, declarou: "Eu acredito em Deus" (1987), e ainda, "Deus é tudo, é vida, é amor" (1988). Contudo, nunca foi um religioso na acepção negativa da palavra, pois entendia segundo podemos concluir de suas declarações, que cristianismo não é uma religião, mas um caminho, tal qual Jesus mesmo declarou: "Eu sou o caminho". Sim, Renato entendeu e me fez entender que religião produzia e ainda produz o que a essência do Evangelho condena: divisão, separação, legalismo, desamor entre os seres humanos.

Feliz aniversário, Renato! Em mim, em milhares de fãs, nos seus amigos que ainda estão aqui, nos seus familiares, você ainda vive e é a sua vida, os seus 51 anos que celebramos, agradecendo a Deus, tudo o que você é para nós.

A você Renato Russo o meu muito obrigado e a minha singela homenagem, parabéns ao maior poeta da musica brasileira, a nós fãs a eterna saudade de uma pessoa que conseguia falar as coisas que eu pensava sem nunca ter me conhecido, a sua obra transformou a minha vida, obrigado.
" é preciso amar as pessoas, como se não houvesse um amanhã".



Um comentário:

Kamila Gomes disse...

Belo post, parabéns Renato!

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