O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, 64, está fora da confederação que controla o futebol nacional. Além disso, também deixou o COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014). Em carta, lida na manhã desta segunda-feira no Rio pelo seu sucessor, José Maria Marin, ele diz que vai cuidar da saúde e ficar com sua família, mas se coloca a disposição para continuar colaborando com o futebol brasileiro
A saída do cartola, mineiro de Carlos Chafas e desde 1989 no cargo, quando chegou ao poder amparado pelo então sogro e presidente da Fifa, João Havelange, já era dada como certa por presidentes de federações estaduais.
Em crise não só dentro de campo --com a seleção brasileira eliminada das últimas Copa do Mundo e Copa América logo nas quartas de final-- como também e principalmente fora dele --em meio a novas denúncias de corrupção--, Teixeira já vinha dando sinais de que poderia sair.
No início do mês, demitiu o tio, Marco Antônio Teixeira, da secretaria-geral da entidade. Ele estava na função praticamente desde o começo do mandato do sobrinho no final da década de 1980.
No final do ano passado, já havia nomeado o então presidente do Corinthians, Andres Sanchez, para diretor de seleções. Além disso, o ex-jogador Ronaldo foi colocado dentro do COL.
Em 29 de setembro, foi internado em um hospital no Rio apresentando dores abdominais. O boletim médico disse que Teixeira tinha uma diverticulite (inflamação na parede do cólon, ligado ao intestino grosso) não complicada. Assim, faria tratamento apenas com anti-inflamatório, analgésico e uma alimentação regulada, sem necessidade de cirurgia. Recebeu alta dois dias depois.
Um mês antes, foi alvo de protestos em várias cidades do país contra a sua administração. José Maria Marin, que assumiu a entidade após licença pedida pelo dirigente, anunciou nesta segunda-feira em coletiva que assume a CBF até o final do mandato de seu antecessor, que vai até o final de 2014.
Do imirante.com
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