segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sobre Futebol e política


Estava lendo alguns textos e procurando um tema para um post, acheie muitos que me chamaram atenção, dai escolhi este. Que o futebol está no cerne da cultura nacional, todos sabem. Mas poucos têm consciência das implicações que isso traz à vida prática. O lazer é essencial para uma vida com qualidade. Porém, deve haver uma justa medida entre o lazer e a vida ordinária. Quando o lazer toma o centro da vida, desloca nossa atenção para fatores talvez não tão importantes, agindo como um entorpecente, que ameniza as dores da vida, criando um mundo paralelo alegrado artificialmente. Como Marx acusava a religião de ser o “Ópio do Povo”, queremos apresentar o futebol como um elemento comum de ação entorpecente.

A Copa do Mundo e as eleições municipias dividem as atenções da agenda pública brasileira em 2012 e a forma como isso é noticiado gera diversos debates tanto no cotidiano, nas rede sociais, nos papos de butecos, ou seja para onde se var tem sempre alguem comentando sobre estes assuntos. 

Então, o futebol demonstra sua ação alucinante. Cada partida tem o poder de fazer um país parar, escolas, bancos, lojas e todos os tipos de estabelecimentos pararam para se concentrar nas disputas e acompanhar em tempo real as batalhas futebolísticas, onde cada brasileiro se vê representando nos jogadores, que numa batalha sem armas tentam defender seu país.

E na politica é quase igual, sonhamos com gestores melhores para o nosso pais, estado e principalmente para nossos municipios, a vontade de que as coisas acontecam de forma correta nos leva a sonhar com politicos sérios e principalmente a escolher novos politicos e depositar neles a esperança de dias melhores. 

Todos já devem estar cansados de ouvir ou ler a palavra crise. Mas toda crise é uma grande oportunidade para se começar a fazer as coisas de forma diferente, mudando padrões e comportamentos. Toda vez que vejo notícias sobre os diversos campeonatos estaduais e até do “brasileirão”, me chama a atenção não as jogadas sensacionais dos craques, os belos gols ou, ainda, os erros de arbitragem, o que me chama realmente a atenção são as declarações de torcedores, antes e depois dos jogos, bem como as cenas de uma verdadeira guerra urbana, que presenciamos constantemente. Ainda me chama a atenção a torcida da equipe derrotada, pedindo brio aos seus “guerreiros” em campo, chegam ao cúmulo de pagarem ingressos e virarem as costas.

Amigos leitores, Já pensaram, se os brasileiros passassem a tratar os políticos da mesma forma que tratam os jogadores de futebol, aplaudindo quando os lances são ousados, quando os gols são belos. Que bom seria aplaudir aquele vereador, deputado estadual, deputado federal ou senador que imbuídos do sentimento de amor à Pátria e consequentemente ao povo, agisse como o seu grande tribuno, defendendo-o com projetos de relevância social e não pessoal (como as inúmeras sessões solenes onde poucos são agraciados e que muitas vezes nada fizeram, a não ser trazer votos, para determinado parlamentar). Como seria bom também ver as galerias tomadas por gente (não as claques profissionais), que, da mesma forma que no futebol se mostrassem indignadas com a aprovação de projetos populistas e desprovidos de contrapartida social, desculpe-me, sonhar não custa nada, e o que seria a vida sem sonhos.

Então, alucinados com o “Ópio do Povo”, aguardamos a vitória satisfatória, seja ela no futebol, seja ela na politica. Mas como o circo já esta armado, simplesmente ficamos como meros espectadores ignorantes. A vida continua andando, agora nos damos conta de que temos uma eleição pela frente e que outro circo se armará.

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