quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Maranhão é o estado recordista em queimadas no mês de agosto de 2012

O total de queimadas no País neste mês já supera em 84% os focos registrados no mesmo período do ano passado e traz um alerta de que a situação pode se agravar ainda mais nas próximas semanas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) compilados por imagens de satélite, entre os dias 1.º e 21 deste mês foram registrados em todo o País 26,1 mil focos de fogo - sendo 16.858 só na Amazônia Legal, com o Maranhão à frente. No mesmo período do ano anterior houve, respectivamente, 14.149 e 6.885 casos.

O estado do Maranhão lidera o ranking de queimadas em todo o Brasil desde o inicio do ano. O número computado apenas um por satélite meteorológico como referência chega a 8.446 focos, um aumento de 235% em comparação com o mesmo período de 2012. Nos 12 primeiros dias de agosto já foram acumulados 3.179 focos e nas últimas 48 horas foram identificados 392 focos.
A estiagem prolongada ajuda na propagação dos focos de calor, principalmente no sul e leste do estado, as áreas que mais registram queimadas neste momento. Somente no município de Mirador, dados do grupo de monitoramento de queimadas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) mostram que desde o inicio de 2012 foram registrados 1.036 focos de queimadas, seguido de Balsas, com 723 focos e Grajaú, com 603 focos.

Segundo Alberto Setzer, responsável pelo monitoramento de queimadas no Inpe, o clima mais seco deste ano está favorecendo a propagação das queimadas. "Mas o que nos preocupa é que o uso do fogo tem ocorrido de maneira cada vez mais descontrolada e isso traz um temor pelo que vem a seguir", diz.

Considerado o cenário dos anos anteriores, ele explica que os últimos dez dias de agosto e todo o mês de setembro costumam ser o período mais crítico para queimadas. "E pelo menos pelos próximos dez dias não há previsão de chuva significativa para o Brasil central", afirma. Nesta última década, o ano mais devastador em queimadas foi 2010, com mais de 50 mil focos registrados apenas nos primeiros 20 dias de agosto.

No Piauí, o número de focos de incêndios cresceu 112% em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com dados do Inpe. O Corpo de Bombeiros está monitorando as áreas e estipulou punições que variam de multas de R$ 300 a R$ 1 mil por hectare queimado, além de prisão por crime ambiental.
"Os responsáveis também podem ser punidos por dano ao patrimônio público e privado", afirmou o coronel Manoel Santos, comandante-geral do Corpo de Bombeiros. Desde o início do ano, o Estado registrou 2 mil focos de queimadas. A expectativa é de que as ocorrências continuem por causa do tempo seco.

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