A cada 15 segundos, um consumidor brasileiro é vítima da tentativa de furto de
identidade, fraude em que dados pessoais obtidos ilegalmente por criminosos são
usados para obter crédito ou para fechar negócios, transferindo a dívida para o
titular dos documentos.
Entre janeiro e setembro, foram registrados 1.565.028 de tentativas de
fraudes desse tipo, número recorde desde 2010, quando a medição começou. Em
2011, houve 1.478.397 registros entre janeiro e setembro e, em 2010, 1.377.033
no mesmo período. Os dados, divulgados hoje (9), são do Indicador Serasa
Experian de Tentativas de Fraudes.
“Os golpistas usam os dados das vítimas para obter talões de cheque e cartões
de crédito e também fazer empréstimos bancários. Depois, os cheques e cartões
são utilizados em restaurantes, salões de beleza, na compra de pacotes
turísticos, entre outras despesas", disse o presidente da Serasa Experian,
Ricardo Loureiro.
As fraudes são mais comuns nos serviços de seguradoras, construtoras,
imobiliárias e serviços em geral, como pacotes turísticos e salões de beleza:
foram 563.323 registros, o correspondente a 36% do total. Em segundo lugar está
o setor de telefonia, com 33% dos casos de 2012.
A Serasa aconselha o consumidor a adotar cuidados em seu dia a dia para se
proteger das fraudes, como não fornecer dados pessoais para pessoas estranhas,
não confirmar informações pessoais ou número de documentos pelo telefone, não
perder de vista documentos de identificação, não informar os números dos
documentos quando do preenchimento de cupons para participar de sorteios ou
promoções de lojas.
Também é indicado evitar fazer cadastros em sites que não sejam de
confiança, ter cuidado ao publicar dados pessoais nas redes sociais e manter
atualizado o antivírus do computador. Deve-se fazer boletim de ocorrência logo
após a perda ou o furto de documentos. O consumidor pode ainda cadastrar a
ocorrência gratuitamente na base de dados da Serasa, informação
que será disponibilizada ao mercado.