O aumento da oferta de vagas temporárias no comércio, neste fim de ano, começa
a se refletir na queda da taxa de desemprego. A avaliação é do coordenador da
Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Cimar Azeredo. O índice caiu de 5,4% para 5,3% entre setembro e outubro,
o menor nível para o mês desde 2002.
Segundo o economista, a queda de 0,1 ponto percentual na passagem de um mês
para o outro reflete, principalmente, as novas vagas em São Paulo, região que
tem peso de 42% na composição do indicador e funciona “como um farol” para
outras regiões. A tendência, explica, é que o mesmo movimento seja verificado em
outras regiões, nas próximas semanas.
“Em função do trabalho temporário de final de ano, percebe-se aumento do
número de pessoa trabalhando em todas as regiões do país [como em São Paulo]”,
disse o economista.
Em São Paulo, a taxa de desemprego caiu de 6,5% para 5,9%, enquanto no Recife
cresceu de 5,7% para 6,7% - o maior aumento entre as seis regiões pesquisadas.
“A queda na taxa de desocupação na região metropolitana de São Paulo mostrou um
comportamento diferente do que foi observado nas outras regiões”, informou.
“Em contraponto, aumenta o número de pessoas que começam a procurar
trabalho”, informou. Foi o que ocorreu, segundo ele, em relação ao Recife. Mais
pessoas procurando emprego no período pressionam ainda mais a taxa de
desocupação na região metropolitana, que perdeu 19 mil vagas entre setembro e
outubro.
Segundo o IBGE, a população ocupada cresceu 0,9% entre setembro e outubro e
somou 23,4 milhões de trabalhadores. Em relação a outubro de 2011, o aumento foi
3%, equivalente a 684 mil vagas. Já a população desocupada somou 1,3 milhão em
outubro.
O pesquisador também chama a atenção para o crescimento menor dos empregos
com carteira assinada, que se elevava a uma taxa de 7% ao ano, mas devem fechar
2012 com aumento de 3,2%, equivalente a cerca de 350 mil empregos a mais com
carteira, em relação a 2011.
Da Agencia Brasil