domingo, 3 de fevereiro de 2013

Desliga Brasil!

Praticamente todos os dias a gente lê nas colunas especializadas que essa ou aquela emissora de TV trocou programas de horário ou até acabou com eles repentinamente, depois de prometer maravilhas antes da estréia, numa prova de que respeito ao público é coisa que não existe, se é que o público há, porque são essas as que dão traço, ou quase isso, de audiência.
Hoje mesmo, leio que o programa “Se liga Brasil”, da Rede TV, que segundo análise da mídia, não conseguiu decolar, terminou melancolicamente do mesmo jeito que começou. Ninguém soube ninguém viu.
Para dirigir o programa, contrataram Marcelo Bonfá, um jornalista competente com quase 20 anos, mas, como diz o ditado, “uma andorinha só não faz verão” e o Brasil "não ligou" com a atração matutina da Rede TV!.
Apesar de não ser novidade esse jogo de empurra e puxa de programas e profissionais,  essas emissoras, vistas como “menores”, parece que perderam a vergonha. Usam seu espaço como um laboratório de testes, e sem nenhum pudor colocam e tiram do ar programas que mal chegaram a esquentar o lugar. Um dia anunciam uma genialidade, como se isso existisse em televisão, onde nada se cria e tudo se copia, no outro dia, rua com a atração e com profissionais. E o público, oh!
Um samba do crioulo doido que deixa todo mundo descrente com o futuro dessas emissoras, que ninguém sabe como estão ainda vivas, pois só anunciante trouxa paga para anunciar em empresas ditas de comunicação de massa que mal conseguem se comunicar. Enquanto isso, seus donos estão por aí, andando de jatinhos privados, construindo mansões e comprando imóveis em Miami ou Nova Iorque.
Isso é lamentável num país que galgou uma posição de destaque no cenário mundial e é tido como a mais sensual e simpática potência econômica em ascenção dos últimos tempos. O Brasil está na moda no exterior, com as celebridades internacionais abrindo espaço em suas agendas para se apresentarem nas grandes cidades brasileiras.
Mas em matéria de TV é um fiasco, salva-se a Globo, infelizmente, porque é a única que guarda respeito ao telespectador e aos seus profissionais, apesar do conteúdo duvidoso de seus programas jornalísticos e de sua novelas.
Quando disse acima “infelizmente” estava pensando em uma porção de gente que conheço que deixou de ver televisão a partiu para outras mídias, porque, não gostando da Globo, ficou sem opção na TV. Sem concorrência, a ditadura global segue em sua marcha triunfal sem ser incomodada pelo resto. Resto mesmo, no sentido de lixo de conteúdo. E os que ainda estão viciados na Globo partem do princípio inconsciente de que “lixo por lixo, prefiro um lixo mais bem acabado”.
E o mercado publicitário, como se situa nessa "zorra total"? Pergunto, se você fosse um anunciante colocaria seu dinheirinho num programa de TV que você não sabe se vai acabar em um mês? Claro que não, os anunciantes correm para a Globo por todas as razões expostas até aqui.
Outra pergunta. E como as chamadas emissoras de baixa audiência sobrevivem? É aí que entram os telepastores. Eles têm tanto dinheiro que pagam o preço que for para ocupar o horário nobre dessas TVs. Antigamente, todo mundo se lembra, religiosos ocupavam os horários de menor audiência, geralmente nas madrugadas ou bem cedinho.
Agora não, os pastores mais ricos do país, uns cinco ou seis listados pela Forbes, chegam com a mala cheia e negociam o horário nobre sem a menor cerimônia. Mas como TV ainda é um “grande negócio”, apesar de tudo, quem está fora não entra e quem está dentro não sai. “Fatores políticos” é que mandam na distribuição de canais. Mas essa é outra história.

Texto de Leila Cordeiro

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