SÃO LUÍS – Uma criança de três anos foi feita refém
pelo próprio avô nessa segunda-feira (26), no bairro da Ilhinha, em São
Luís. O impasse durou mais de seis horas. Parentes foram chamados para
auxiliar na negociação. A irmã e a advogada do avô da criança,
identificado como Francisco dos Santos, chegaram ao local, para tentar
convencê-lo a entregar a criança.
Francisco chegou a
conversar com os negociadores, e chorou pedindo que os policiais se
retirem e só voltassem na terça-feira (27) pela manhã. O avô informou
que a criança estaria dorimindo. Francisco dos Santos afirma que "não é
um marginal". Durante todo o tempo, o menino ficou confinado no quarto.
A
Justiça decidiu retirar a guarda da criança do avô, após denuncias de
que o menino sofria maus-tratos. O Conselho Tutelar pediu que a guarda
fosse dada ao pai biológico.
O pai da criança, o
promotor de Justiça Willer Siqueira Mendes Gomes, afirma ter reconhecido
a paternidade da criança por conta própria, e, que paga regularmente
pensão alimentícia. O promotor relatou, ainda, que a mãe e o avô da
criança são irredutíveis em permitir seu contato com a criança.
Segundo
os policiais, o avô e a mãe, identificada como Camila Nascimento
Santos, decidiram manter a criança refém porque se recusaram a cumprir
um madado judicial que determinava a busca e apreensão do menor que
seria entregue ao pai. Após horas de negociação, o primeiro a sair do
local, já na madrugada desta terça-feira, foi o avô, que, de acordo com a
polícia, usou uma faca para ameaçar a criança. Depois, foi a vez da
mãe, que saiu carregando a criança. Os dois foram presos e devem
responder por cárcere privado e desobediência a ordem judicial.
Do Imirante.com