sábado, 31 de agosto de 2013

O mundo em suspense



O mundo vive momentos de suspense. Está nas mãos de Obama a decisão de formar,  com os aliados de sempre, uma expedição punitiva à Síria, mesmo que não haja provas conclusivas de que as bombas químicas que mataram centenas de pessoas tenham sido efetivamente detonadas pelas forças do governo de Bashar al-Assad.
Os inspetores da ONU ainda não tinham apresentado seu relatório e John Kerry, o secretário de Estado, pronunciava palavras como “provas inegáveis” e “ataque indesculpável”.  Para bom entendedor, Kerry mandou o recado: “a reação está a caminho”.

Mas Obama parece indeciso, uma nova guerra neste momento é tudo o que ele menos deseja, sobretudo porque a economia do país começa a dar sinais de recuperação.  Há uma pressão dos dirigentes aliados e de políticos estadunidenses de ambos os partidos, com destaque para os republicanos, que querem uma resposta imediata, porque consideram que al-Assad desafiou o poder americano, ao disparar armas químicas que mataram inocentes crianças.
Ora, armas químicas os Estados Unidos já dispararam em passado recente. No Vietnam, para localizar guerrilheiros vietcongs, os militares americanos usaram o tal agente laranja, que queimava as folhas das árvores e de quem mais estivesse por perto.   Quem não se lembra daquela célebre foto da menina queimada, nua, fugindo do inferno em uma estrada vietnamita?



Portanto, do ponto de vista moral, os EUA não têm o direito de cobrar comportamento ético de outros governos, embora a matança de civis, seja qual for o tipo de arma usada para tal fim, deva ser repudiada por todos.
Mas o senador John McCain, ele mesmo um veterano de guerra e dos mais respeitados republicanos, é um dos que estão cobrando uma tomada de posição pelo presidente. E ele até apresenta a solução: “Podemos punir o al-Assad sem necessidade de colocar as botas de nossos soldados no território sírio, através de um procedimento cirúrgico, com a destruição de pistas de pouso e dos 40 ou 50 aviões de guerra que eles possuem”. Tudo muito simples e fácil na cabeça militarista de McCain.
Obama sabe que a guerra convencional  com tropas de infantaria, tanques e aviação destroem o país e matam milhares de inocentes, mas não lhe garante a vitória militar, como aconteceu no Iraque, está acontecendo no Afeganistão e, mais atrás, no Vietnam. Neste último, foram mais de 58 mil soldados mortos e mais de 300 mil inutilizados por sequelas irreversíveis. No Iraque e no Afeganistão são quase 8 mil mortos. Experiências
Tudo isso sem falar no custo financeiro e nas milhares de vidas das populações locais que pagam um preço alto pela ganância dos senhores da guerra.  Uma ação militar não é bom para ninguém, a não ser para a indústria bélica.
Por outro lado, apesar do anunciado fim da “guerra fria”, o mundo continua dividido entre ocidente e oriente. Rússia e China são aliados de al-Assad, o segundo mais que o primeiro.  E a essa altura uma ruptura diplomática entre esses dois países e os aliados ocidentais poderia levar a um conflito de proporções inimagináveis. Tudo é possível na medida em que os homens esquecem o diálogo e partem para a solução militar.
As próximas horas ou dias serão decisivos para o destino do mundo. Esperamos que para o bem da humanidade.

Nota do autor - E já que os médicos chegaram, por que não importar também a música cubana, para dar uma melhorada no repertório tupiniquim?  A ideia surgiu a partir de uma postagem do jornalista Alberto Villas em sua página no Facebook : “Além dos médicos, sou favorável também a vinda da música cubana para o nosso país”.
Também  sou inteiramente a favor da contratação de médicos cubanos ou de qualquer outra nacionalidade que queiram trabalhar nas regiões pobres do Brasil, onde nossos médicos, muitos deles formados com o dinheiro do contribuinte em universidades federais,  se recusam a ir.
Quanto à música cubana, também gostaria de vê-la mais tocada no Brasil. Cuba tem tradição de grandes cantores e instrumentistas, infelizmente barrados  na mídia comercial.  Deixo com os leitores, para finalizar, a qualidade e a genialidade do compositor  Pablo Milanês em sua célebre Yolanda, considerada uma das mais belas canções de amor já produzidas. 
autor deste artigo Eliakim Araujo

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