A
TV Brasil tem atrações comandadas pelo sambista Diogo Nogueira e pelos
jornalistas Leda Nagle e Florestan Fernandes Jr., além de programas
dedicados a jovens e crianças. Mas foi com Flavio Caça Rato, o meia do
Santa Cruz, que conseguiu a maior audiência de sua vida.
Foi
no dia 3 de novembro quando o Santa Cruz venceu o Betim, com gol de
Caça Rato, e conseguiu o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. Em
Recife, mesmo com 60 mil pessoas no estádio, a TV Brasil conseguiu
11,54% no Ibope, com pico de 19,48% às 17h58, quando o jogo chegava ao
final. A Globo ficou em segundo lugar no horário, com 8,5 pontos.
“A
transmissão foi um sucesso e terminou com essa história de que somos
uma TV com traço de audiência”, diz Eduardo Castro, diretor da Empresa
Brasil de Comunicação, responsável pela TV Brasil.
O
sucesso foi tão grande que as negociações para 2014 estão caminhando
rapidamente e terão uma definição nesta semana. A Sport Promotion, que
detém os direitos da Série C, pede mais que os R$ 9 milhões que recebeu
em 2013. “Cada lado puxa a corda para seus interesses, mas acredito que
tudo irá se resolver muito bem”, diz Castro.
Os
bons índices de audiência também continuaram na fase final da
competição. Na primeira partida da decisão entre Santa Cruz e Sampaio
Corrêa, realizada na semana passada, a TV Brasil ficou em segundo lugar
com 10,74 pontos de média e 15,5 de pico. A Globo ficou em primeiro, com
11,82 pontos em média.
Como os clubes
da Série C não recebem cotas da CBF pelos direitos de transmissão, a
transmissão pela televisão serve para que os clubes possam conseguir
ganhos paralelos. O Sampaio Corrêa conseguiu um patrocínio pontual para
as finais.
“Para o ano que vem, vai
ser melhor. Já estamos na Série B e temos boas propostas de renovação de
patrocínio. Chegar na final da C e conseguir o acesso foi o mais
importante, mas estar na televisão ajudou muito”, diz Batista Oliveira,
diretor financeiro do Sampaio Corrêa.
Para
Antonio Luiz Neto, presidente do Santa Cruz, a transmissão é boa para
os dois lados. “Se não fosse boa, a Globo não entrava na fase decisiva e
não passaria os jogos no Sportv. Para a TV Brasil foi muito bom, é só
ver os gráficos de audiência. O Santa Cruz tem uma torcida fanática e
mesmo com televisão não deixa de ir a campo. Não atrapalhou em nada o
nosso faturamento com ingressos. E para o Santa Cruz, a transmissão foi
excelente porque temos torcedores no Brasil todo que puderam vibrar com o
nosso acesso.”
Luis Augusto Simon
Do UOL, em São