Presídios do Maranhão estão superlotados; presos reclamam de falta de estrutura e insalubridade em celas
Passado o fim do prazo estipulado pelo governo do estado para a
construção de dez novos presídios no interior e um na capital que
atenuariam a crise no sistema prisional do estado, nenhuma unidade foi
inaugurada. A construção dos presídios que seria iniciada dez dias após o
decreto do estado de emergência, com dispensa de licitação, apenas
integra a lista de promessas do governo Roseana Sarney (PMDB).
Em 10 de outubro de 2013, o governo do estado decretou o estado de
emergência prometendo construir onze unidades prisionais para sanar a
crise carcerária no estado. Em janeiro, ainda mais agravada a crise de
segurança no Maranhão, o governo do estado firmou compromisso para
implementar onze medidas organizadas pelo Comitê Gestor de Ações
Integradas para a resolução da crise no sistema penitenciário.
Passados os 180 dias estipulados em outubro, com 62 assassinatos com
requintes de crueldade nas unidades prisionais do estado, ataques a
ônibus e delegacias, execução de policiais e um cenário de efervescência
crescente na violência do estado, o governo ainda não inaugurou os
presídios.
A última informação oficial do governo estado sobre a construção dos
presídios versa de 19 de março de 2014. Nesta data, o governo divulgou
release informando que “o Presídio de Segurança Máxima, que está sendo
construído em São Luís e que, segundo o secretário, deve ficar pronta em
setenta dias, garantirá 479 novas vagas ao sistema”. As publicações
oficiais, no entanto, não relataram nada sobre o andamento da construção
das unidades do interior do estado.
Se estivesse concretizada a promessa da governadora de entregar as
unidades prisionais, seriam criadas 2.326 vagas nas penitenciárias do
estado. Os presídios seriam construídos em cidades como Imperatriz,
Bacabal, Coroatá, São Luiz Gonzaga, Timon e Pinheiro. Questionada sobre o
andamento das obras no interior do estado, a Secretaria de Comunicação
do Estado não enviou respostas à nossa redação.
Fonte: http://www.maranhaodagente.com.br/page/2