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Brasil foi humilhado pela Alemanha na semifinal da Copa do Mundo. Uma
reação imediata à goleada por 7 a 1 desta terça-feira foi a conversa do
presidente da CBF, José Maria Marin, com os jogadores. Porém, os atletas
não parecem dispostos a revelar os detalhes do encontro. Reserva no
Mineirão, Daniel Alves preferiu não expor os acontecimentos internos.
"As coisas do vestiário, ficam por lá. Não devemos levar para fora.
Qualquer coisa falada nesse momento, não vai tirar o nosso sentimento de
dor", disse.
O ambiente parece ter sido de palavras ríspidas. O ex-lateral Cafu,
capitão do penta em 2002, revelou nos bastidores do Mineirão que foi
praticamente expulso do local pelo cartola José Maria Marin. A
reportagem procurou o ex-jogador para comentar mais detalhes do
episódio, mas ele não foi encontrado.
Em entrevista à Rádio ESPN, Cafu explicou o que aconteceu. "O presidente
José Maria Marin disse que não queria nenhuma pessoa estranha no
vestiário. Eu coloquei que não sou uma pessoa estranha, só estou aqui
para dar um abraço nos meninos e dar um carinho e um conforto para eles,
não quero falar mais nada. Só vim aqui porque nesse momento os meninos
precisam de apoio e foi isso que eu fui fazer no vestiário. Fiquei
surpreso quando fui praticamente expulso do vestiário porque o Marin
disse que não queria ninguém estranho lá. Eu, humildemente, me retirei
do vestiário" declarou.
Placar elástico
Outro ponto abordado por Daniel Alves foi o placar elástico conquistado
pelos europeus. Para ele, a derrota por um ou de sete teria a mesma
frustração nos planos dos brasileiros.
"Queríamos estar na final, mas o futebol nos deu uma lição hoje.
Perdemos para um rival que foi superior. Perdendo por sete ou por um,
estaríamos fora da final. A gente não conseguiu reagir e pegamos um time
qualificado, digno de admirar. Se nota o longo tempo de trabalho. Eles
pressionaram bem quando deram um nocaute na gente", completou.
Por fim, Daniel respondeu se o grupo havia entrado em contato com Neymar
após o resultado vexatório. "Não é o momento de falar com ele (Neymar),
ele que tem que falar com a gente", avaliou.