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Edison Lobão (PMDB) e Roseana Sarney (PMDB) estão enrolados com as investigações da Lava-Jato, os dois tiveram os nomes confirmados no processo de acareação realizado entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Os peemedebistas são investigados pelos crimes de corrupção passiva qualificada, em concurso de pessoas, e lavagem de dinheiro cujas penas podem totalizar até 22 anos de prisão para cada um.

Pelo crime de corrupção passiva a pena varia de 2 a 12 anos e o crime de lavagem de dinheiro de 3 a 10 anos. Além da investigação sobre o financiamento da campanha eleitoral de Roseana em 2010, que está sendo analisado junto com os demais casos da Operação Lava-Jato, o processo sobre a denúncia de propina para adiantamento de precatórios à Constran pode aumentar ainda mais a condenação da ex-governadora. O processo foi encaminhado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para a Justiça do Maranhão, juntamente com o processo contra o ex-chefe da Casa Civil, João Abreu.
Para Lobão a situação também não é simples. Ele aparece em denúncias envolvendo o recebimento de propina de R$ 1 milhão da UTC/Constran para não criar empecilhos às obras de Angra 3 e mais R$ 10 milhões em propina da Camargo Corrêa para que a empresa participasse da construção da usina de Belo Monte.
Além disso, Lobão ocupava o cargo de ministro de Minas e Energia na época em que teria pedido a quantia de R$ 2 milhões, para a campanha dele e de Roseana, ao então diretor do Petrobras, Paulo Roberto Costa. Devido ao nível hierárquico, a ação do ex-ministro pode ser considerada uma forma de coação a Paulo Roberto, que pode alegar a situação de obediência hierárquica.
ACAREAÇÃO
Durante a acareação ocorrida na segunda-feira (22), Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef esclareceram o pagamento de propina feito pela Braskem – braço petroquímico da Odebrecht – para compra de nafta, que era a principal dúvida das investigações. O depoimento foi prestado na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
Em entrevista concedida ao G1, o advogado do doleiro Alberto Youssef, Tracy Reinaldet, esclareceu o que tem sido apontado como divergência nas denúncias sobre a participação da ex-governadora Roseana Sarney no esquema. “Efetivamente o que o Alberto contesta não é existência da operação, foi quem realizou a operação em si, quem foi que realizou a entrega do dinheiro”, explicou o advogado.
O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirma que mandou entregar R$ 2 milhões em propina para a campanha de Roseana e que Youssef teria feito a operacionalização. O doleiro afirma que a entrega do dinheiro não teria sido feita por ele, mas por outro doleiro. (As informações são do jornal Itaqui-Bacanga e do blog do Garrone)