Avalizado pelo governador Flávio Dino, vice-presidente da Câmara apresentou fatura alta ao ex-presidente Lula, garantindo que daria mais 12 votos do PP a favor da presidente Dilma
Nem a candidatura ao Senado, muito menos articulações por cargos e proteção no Maranhão.
O
vice-presidente da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP), jogou muito
mais alto nas negociações com o governador Flávio Dino (PCdoB), com o
ex-presidente Lula e com a presidente Dilma Rousseff (PT), para votar
contra o impeachment.
Ele pediu , simplesmente, o Ministério da Educação.
E mais:
sua demanda – avalizada por Flávio Dino – foi acatada por Lula e pela
própria Dilma, com a condição de que ele garantisse os 12 votos do PP
prometidos.
Waldir reuniu-se primeiro com Lula, ainda na quinta-feira, em um hotel de Brasília, levado pelo governador Flávio Dino. (Veja o vídeo de sua chegada ao local)
O
ex-presidente ouviu a proposta e recebeu as garantias de que o PP daria
12 votos contra o impeachment, apesar de a cúpula do partido ter fechado
questão a favor do afastamento de Dilma.
Só na
sexta-feira, após reunião com a própria Dilma, da qual participaram
também Flávio Dino e seu fiel escudeiro, Márcio Jerry, Waldir confirmou a
mudança de voto.
E
entregou, pelo menos, parte do que prometeu, tenha ou não participação
direta nisso: no total sete deputados do PP, além dele, votaram mesmo
contra o impeachment ou se abstiveram na votação da Câmara. (Saiba aqui)
O
problema é que a Câmara aprovou o impeachment e Dilma deve cair até
meados de maio, com a confirmação do afastamento pelo Senado.
E Waldir ficará sem o ministério sem o comando do PP…
Por: Marco Aurelio Deca