A
Justiça decretou a prisão preventiva dos acusados de envolvimento nos
incêndios a ônibus em São Luís, que tiveram as prisões em flagrante
encaminhadas pela Polícia Civil à Central de Inquéritos e ao Plantão
Judiciário do Fórum Des. Sarney Costa, desde a última sexta-feira.
Dos
seis adultos – quatro homens e duas mulheres – presos em flagrante na
madrugada de sexta-feira (20), todos tiveram suas prisões preventivas
decretadas pela juíza da Central de Inquéritos, Andréa Maia, atendendo
requerimento do Ministério Público, e foram encaminhados ao presídio. Os
acusados foram ouvidos em audiência de custódia na manhã de ontem (23),
no Fórum de São Luís.
Eles foram presos por suposta participação
nos incêndios ocorridos na noite de quinta-feira (19) em diferentes
pontos da cidade. No carro em que estavam os suspeitos foram encontrados
um galão com combustível (gasolina), isqueiro, faca, aparelho de
telefone celular, drogas e outros objetos. Conforme consta nos autos,
todos são integrantes da facção Bonde dos 40. A juíza informou que,
diante das evidências de envolvimento dos acusados e para garantir a
ordem pública, foi decretada a prisão preventiva dos acusados presos em
flagrante.
O plantão judiciário, na noite do último dia 20
(sexta-feira), recebeu autos de prisão em flagrante de mais sete
acusados de participação nos incêndios e todos tiveram decretada a
prisão preventiva. Os acusados possuem antecedentes criminais. Nos autos
de prisão consta que a ordem para os ataques a ônibus partiu de dentro
da Penitenciária de Pedrinhas.
Nos dias 20 e 21 (sexta-feira e
sábado) também foram apreendidos dois adolescentes acusados de
envolvimento nesses episódios. Após audiência de custódia, com a
presença do Ministério Público e Defensoria Pública, realizada ontem
(23), em que foi ouvido o acusado de 17 anos, apreendido na madrugada de
sexta-feira, na companhia de seis adultos, o juiz da 2ª Vara da
Infância e Juventude, José dos Santos Costa, não decretou a internação
provisória do menor, por concluir que não havia indícios de sua
participação nos incêndios.
O outro adolescente, apreendido pela
polícia no sábado (21), foi liberado pelo Ministério Público, no plantão
criminal, e entregue à família. Nesse caso também foi verificado que
não havia indícios de participação nos episódios de incêndio a ônibus.
Os processos envolvendo os dois adolescentes, segundo o juiz José dos
Santos Costa, continuam em tramitação e serão entregues ao Ministério
Público que decidirá se ingressa com representação contra os
adolescentes.
Divulgação de informações incorretas– circula nas
redes sociais na internet uma noticia de janeiro de 2014, como se fosse
referente aos presos envolvidos nos incêndios a ônibus em São Luís na
semana passada. A informação da noticia refere-se à decisão da juíza
Lewman de Moura Silva, na época auxiliar da 1ª Vara Criminal de São José
de Ribamar, determinando a soltura de dois homens suspeitos de
participação nos ataques a ônibus na Vila Sarney Filho, que resultaram
na morte da menina Ana Clara Souza. Na ocasião, o Ministério Público
Estadual divulgou nota, explicando os motivos que levaram os promotores
de Justiça a não denunciar os dois acusados. Conforme a nota, não havia
nos autos provas testemunhais ou materiais da participação deles no
delito, razão pela qual o Ministério Público não os denunciou.
Por: Luis Cardoso