Os bancários decidiram, por unanimidade,
rejeitar a proposta rebaixada da Fenaban e entrar em greve por tempo
indeterminado a partir desta terça-feira (6). A decisão foi tomada
durante assembleia realizada na semana passada na sede do SEEB-MA, em
São Luís, ocorrendo o mesmo em Imperatriz e Caxias. Ontem, os bancários
se reuniram para definir a agenda de manifestações da greve.
A paralisação é nacional e atingirá
bancos públicos e privados. A deflagração da greve é uma resposta à
intransigência dos banqueiros e do Governo Federal (patrão dos bancos
públicos), que ignoraram todas as reivindicações dos bancários e
ofereceram apenas 6,5% de reajuste mais abono de R$ 3 mil na última
rodada de negociação ocorrida no dia 29 de agosto.
O índice é considerado rebaixado e
insatisfatório diante dos lucros dos bancos e dos baixos salários pagos à
categoria. Para se ter uma ideia, apenas no primeiro semestre deste
ano, as principais instituições financeiras que atuam no Brasil
lucraram, juntas, 29,7 bilhões de reais e demitiram 7.897 trabalhadores
bancários.
Neste ano, apesar dos lucros
bilionários, a maioria dos bancos vetou contratação de mais bancários e o
fim das demissões imotivadas, negando, ainda, avanços conquistados em
campanhas salariais anteriores, como a PLR Social.
Diante deste cenário econômico positivo,
que passa longe da crise, os bancários exigem uma proposta decente com
reajuste de 28,33%, PLR de 25% do lucro líquido linear, reposição das
perdas salariais, isonomia, contratações, saúde, segurança, respeito à
Lei das Filas, dentre outras reivindicações.