A Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) apresentou à
imprensa, na manhã de terça-feira (23), Jeannie da Silva Oliveira, 27
anos, e Renato Carvalho Lima, 20 anos. Eles são investigados pelo
homicídio cometido contra Antônyo Jorge Ferreira da Silva, 9 anos, filho
de Jeannie e enteado de Renato.
Além da apresentação dos
suspeitos já custodiados pela Polícia Civil, a elucidação do caso foi
apresentada pelo titular da Deic, Valdemir Pereira da Silva (“Branco”),
que presidiu as diligências que culminaram na resolução do crime. De
acordo com as conclusões apresentadas, Renato foi o executor das ações
que resultaram no assassinato de Antônyo, mas teria agido a mando da mãe
da criança, Jeannie Oliveira.
Anda segundo o delegado, novas
diligências estão em curso para apurar, inclusive, suspeitas de que
Antônyo sofria abuso sexual. Em conversa com o pai biológico da criança
assassinada, o titular da Deic informou ter o genitor de Antônyo
reportado que seu filho lhe pediu para voltar para Rondônia, onde
residia. O menino teria afirmado ao pai estar “sofrendo muito”. O pai de
Antônyo afirmou ainda ao delegado ter realizado tentativa de levar o
filho de volta a Rondônia, mas teria sido impedido por Jeannie.
Entenda o caso
Delegado Valdemir Pereira concede entrevista a repórteres sobre o caso |
A Deic foi
comunicada a respeito de um suposto crime de sequestro de Antônyo,
registrado por Renato e Jeannie na Central Única de Flagrantes. De
acordo com a denúncia, Antônyo teria sido sequestrado por traficantes de
drogas para os quais Renato estaria devendo a quantia de R$ 850.
Ouvidos separadamente pelo delegado Valdemir Pereira, começaram a despontar contradições dos relatos de ambos. “Ele (Renato), por exemplo, não sabia quem eram os traficantes para quem estva devendo. Não soube dizer o nome nem o apelido de nenhum. Não soube sequer dar a descrição física deles”, comentou a autoridade policial.
Ainda segundo o titular da Deic, em interrogatório informal, foi solicitado a Renato que este tirasse a camisa que vestia, momento no qual foram notadas várias lesões em sua pele. Já suspeitando da conduta do padrasto de Antônyo, o delegado determinou a realização, nele, de Exame de Corpo de Delito. No laudo, concluiu-se a existência de “múltiplas lesões arciformes (em forma de arco) recentes no dorso e região anterior do tórax com diversos tamanhos, compatíveis com aquelas produzidas por unha humana”.
A partir da conclusão do laudo, inquiriu-se junto a Renato como foram produzidas as lesões, ao que ele não soube responder. “No interrogatório já com a presença dos dois (Renato e Jeannie), eu disse a eles: ‘Essa criança vai aparecer hoje, viva ou morta’. Fiz essa afirmação por duas vezes, e sempre que eu afirmava isso, o Renato olhava para a Jeannie”, relata o titular da Deic.
Confissão
Ouvidos separadamente pelo delegado Valdemir Pereira, começaram a despontar contradições dos relatos de ambos. “Ele (Renato), por exemplo, não sabia quem eram os traficantes para quem estva devendo. Não soube dizer o nome nem o apelido de nenhum. Não soube sequer dar a descrição física deles”, comentou a autoridade policial.
Ainda segundo o titular da Deic, em interrogatório informal, foi solicitado a Renato que este tirasse a camisa que vestia, momento no qual foram notadas várias lesões em sua pele. Já suspeitando da conduta do padrasto de Antônyo, o delegado determinou a realização, nele, de Exame de Corpo de Delito. No laudo, concluiu-se a existência de “múltiplas lesões arciformes (em forma de arco) recentes no dorso e região anterior do tórax com diversos tamanhos, compatíveis com aquelas produzidas por unha humana”.
A partir da conclusão do laudo, inquiriu-se junto a Renato como foram produzidas as lesões, ao que ele não soube responder. “No interrogatório já com a presença dos dois (Renato e Jeannie), eu disse a eles: ‘Essa criança vai aparecer hoje, viva ou morta’. Fiz essa afirmação por duas vezes, e sempre que eu afirmava isso, o Renato olhava para a Jeannie”, relata o titular da Deic.
Confissão
Após
três horas de interrogatório, e tendo em vista terem-lhe sido
apresentadas todas as incongruências de sua versão, Renato acabou
confessando ter sido o autor do homicídio de Antônyo. Ele afirmou tê-lo
feito a pedido de Jeannie, que, segundo o homicida, não queria mais ter
quaisquer responsabilidades sobre a criança. Ele afirmou ainda que a
companheira estava “cansada e doente”, que “não aguentava mais o filho”,
e desejava que Renato “se livrasse dele”.
O executor da ação criminosa declarou ter matado Antônyo por esganadura seguida de enforcamento. Após o homicídio, Renato teria transportado o corpo em uma caixa de papelão até um lote baldio não muito distante do local da consumação do crime, onde deixou o corpo. Na noite de sábado, o próprio Renato levou os policiais da Deic para o local, no qual o corpo foi, de fato, encontrado.
De acordo com o delegado Valdemir Pereira, Renato e Jeannie serão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime, cujas penas previstas são de, respectivamente, 12 a 30 anos, um a três anos e um a seis meses, além de pagamento de multa. (fotos: Jota Eurípedes/ Coordenação de Comunicação da Polícia Civil de Goiás)
O executor da ação criminosa declarou ter matado Antônyo por esganadura seguida de enforcamento. Após o homicídio, Renato teria transportado o corpo em uma caixa de papelão até um lote baldio não muito distante do local da consumação do crime, onde deixou o corpo. Na noite de sábado, o próprio Renato levou os policiais da Deic para o local, no qual o corpo foi, de fato, encontrado.
De acordo com o delegado Valdemir Pereira, Renato e Jeannie serão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime, cujas penas previstas são de, respectivamente, 12 a 30 anos, um a três anos e um a seis meses, além de pagamento de multa. (fotos: Jota Eurípedes/ Coordenação de Comunicação da Polícia Civil de Goiás)